"É impossível que vivamos em um Estado civilizado e, mesmo assim,
aconteçam tantos crimes bárbaros, a exemplo dos que vêm ocorrendo no
Agreste". Assim, o deputado estadual Manoel Santos iniciou o seu
pronunciamento, ontem, na sessão plenária da Assembleia Legislativa de
Pernambuco, com o intuito de cobrar que o Governo do Estado adote
medidas enérgicas para o enfrentamento da criminalidade no Agreste
pernambucano.
Segundo o parlamentar, o assassinato do promotor de justiça de Itaíba
chocou toda a sociedade, mas não é o único exemplo de violência e
impunidade. "Dados mostram que, entre os anos 2000 e 2012, somente em
Águas Belas, 33 assassinatos não foram solucionados. Desse total, 24
foram arquivados por não terem sido identificados os autores e nove
foram devolvidos a policia civil para novas diligências, no intuito de
apurar mais evidencias", informou.
“Essa região possui um amplo histórico de crimes relacionados a
conflitos agrários, disputas políticas e pistolagem, instaurando uma
cultura de medo e violência, que tornou comum o fato de algumas
autoridades andarem sob proteção policial”, explicou Manoel Santos.
Em sua fala, o deputado enfatizou que se as autoridades a serviço da
segurança estão sendo assassinadas brutalmente, é sinal que a população
está desprotegida e exposta. “Há meses venho cobrando da Secretaria de
Defesa Social a retomada dos plantões policiais, bem como o aumento no
efetivo das policias Civil e Militar na região”.
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