Bruno
contou que Jorge fez um relato macabro sobre o assassinato de Eliza e
afirmou que primo disse que Macarrão ajudou a matá-la. “Ajudou a quem”,
perguntou a juíza. Bruno não respondeu prontamente a pergunta. “Neste
momento em que ele falou comigo eu fiquei desesperado, chorei muito,
estava com medo por tudo que aconteceu”, disse.O goleiro continuou a narrativa falando que repreendeu Macarrão, que ele
não deveria ter feito isso. Mas o amigo voltou a justificar que tinha
resolvido um problema. Chorando, repetiu que sentiu medo. Muito medo,
enfatizou. Seguiu relatando o que Jorge contou para ele naquele noite. O
primo teria dito, o que já foi contado em outras versões, que da região
da Pampulha seguiram para Vespasiano.
Surgiu da boca de Bruno,
enfim, o nome do assassino. Sem novidades. “Macarrão entregou a Eliza
pra um rapaz chamado Neném (outro apelido de Bola)”, disse. E contou, ou
melhor, recontou a descrição do homem perguntando se a modelo usava
drogas, do Macarrão amarrando as mãos delas e do tal Neném estrangulando
ela até a morte. Afirmou à juíza ainda que o primo adolescente garantiu
que Eliza foi esquartejada (o corpo foi jogado aos cães da casa), que
viu a mão dela ser retirada de um saco preto e o homem perguntando se
queriam ver o resto do corpo – momento em que, segundo o goleiro, o
primo afirmou terem saído desesperados da casa.
Bruno repetiu à
juíza que ficou muito desesperado com o relato. Disse que demorou mais
de uma hora e meia para se acalmar um pouco. A juíza voltou a perguntar
do executor. Quis saber se o adolescente chegou a falar outro apelido
para o tal Neném. “Em nenhum momento comentou comigo”, afirmou o
goleiro. A magistrada então falou em “Bola”, e perguntou se o goleiro o
conhecia. “Conheci o Bola na Nelson Hungria, lá dentro”, garantiu o réu.
0 Comentários