Mais um dia de trabalho começou e a situação no Complexo Industrial e
Portuário de Suape, no Grande Recife, não se normaliza. Sob orientação
do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas,
Pavimentação e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco
(Sintepav-PE), operários da Refinaria Abreu e Lima e da
PetroquímicaSuape não retornaram aos postos de trabalho. Eles são contra
o corte do ponto por conta dos dias parados durante a greve.
De acordo com Aldo Amaral, presidente do Sintepav-PE, a adesão dos
trabalhadores no canteiro de obras é de 100%. Os funcionários teriam ido
trabalhar na manhã desta segunda, mas, depois da orientação do
sindicato, estão voltando para casa. A categoria não quer que sejam
descontados na folha salarial os dias não trabalhados por conta da greve
e dos tumultos que aconteceram em Suape na semana passada.“Por ser uma greve causada por um grupo alheio, a categoria como um todo
não deve pagar. A gente sabe que tem uma decisão judicial, mas a gente
não acha justo esse desconto, por causa de vândalos. Os trabalhadores
foram solicitados para que cruzem os braços, e só devem voltar quando as
empresas abonarem os dias de greve”, contou Aldo Amaral. Uma reunião
entre o sindicato dos trabalhadores e o sindicato das empresas ainda não
foi marcada. Entretanto, de acordo com o Sintepav-PE, é provável que o
encontro aconteça na tarde desta segunda.
Os 51 mil trabalhadores que atuam nas obras da Refinaria Abreu e Lima e
PetroquímicaSuape estão em greve desde o dia 1º de agosto. Na última
quarta-feira (8), o clima começou a ficar mais tenso no complexo após
uma assembleia realizada pelos operários. Houve quebra-quebra e ônibus
queimados. Na sexta-feira (10), os trabalhadores foram liberados pelas
empresas, que estavam com receio de novos tumultos. A expectativa era de
que o trabalho voltasse ao normal nesta segunda.
0 Comentários