"Nós temos seis, eles têm uma”. Quase uma entidade no Boca Juniors,
Juan Román Riquelme proferiu esta frase um dia antes do duelo contra o
Corinthians, pelas oitavas de final da Libertadores. Machucado, ele nem
precisou entrar em campo para os xeneizes mostrarem por que devem ser
sempre respeitados. Sempre. Com a disposição de 11 dentro de campo e
outros 50 mil fora dele, o Boca fez 1 a 0 em um preguiçoso Timão na
noite desta quarta-feira, em La Bombonera, e saiu à frente na luta por
uma vaga nas quartas de final.
Com o resultado, o Corinthians precisa vencer por dois gols de
diferença o confronto de volta, dia 15 de maio, no Pacaembu. Vitória
alvinegra por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis. Depois do gol
marcado por Blandi, aos 13 do segundo tempo, o Timão parecia ter se
reduzido não a um time que “só tem uma Libertadores”, mas sim a algum
outro que nunca havia jogado a competição. O nervosismo demonstrado em
campo foi incomum.O Boca ainda é aquele seis vezes campeão do torneio, treinado pelo
mítico Carlos Bianchi, mesmo que em campo essa tradição enorme não seja
traduzida em tanto talento. Bastou a mística e um pouco de competência
para os argentinos marcarem com Blandi aos 13 do segundo tempo. O Timão
sentiu o gol, chegou a esboçar reação, mas não merecia melhor sorte em
Buenos Aires. Nem a expulsão de Ledesma, aos 38 da etapa final, fez a
equipe brasileira crescer.
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