Os números apresentados por algumas das maiores cidades de Pernambuco,
quando o assunto é educação, são alarmantes. O estado possui a cidade
com o pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011
para Fundamental 2 (do 6º ao 9º ano), considerados os municípios com
mais de 200 mil habitantes. Trata-se de Caruaru, no Agreste do estado.
Se analisadas, ainda, as aferições feitas pelo Ministério da Educação
(MEC) desde 2007, e isso da 1ª à 9ª série, três das seis maiores cidades
pernambucanas diminuíram consideravelmente as nota nessa avaliação. Os
dados são do Portal da Educação do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE-PE). Esse assunto está retratado em uma reportagem especial do Diario de Pernambuco,
deste domingo (3). Além de Caruaru, Olinda e a capital Recife, figuram
com índices que preocupam. Os secretários de Educação são categóricos em
afirmar que as políticas educacionais existem e são aplicadas, mas
atribuem aos mais variados fatores as causas do insucesso. A resposta
mais comum, porém, ainda reside na culpa de gestões anteriores.
Caruaru tem o pior índice do Ideb
A última
aferição do Índice Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) ocorreu em
2011. Nela, a cidade de Caruaru, no Agreste de Pernambuco, conquistou o
pior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino
Fundamental 2, que vai do 6º ao 9º ano, entre os municípios com mais de
200 mil habitantes. A nota obtida equivaleu a 81,1% do mínimo aceitável
pelo Ministério da Educação (MEC). Uma queda considerável em relação à
medição anterior, em 2009, quando a meta mínima havia sido atingida e a
cidade ocupava a 28ª colocação.
O secretário de Educação da
cidade, Welson Santos, disse que a prefeitura tem investido nas séries
iniciais e afirma que o resultado dessa avaliação reflete falta de
investimentos de gestões anteriores. O prefeito José Queiroz (PDT) foi
eleito em 2008 e reeleito no ano passado. “O progresso na educação é
algo que só será sentido nos próximos anos. Nosso foco tem sido no
fortalecimento da educação de base para que quando esses alunos cheguem
ao Fundamental 2 estejam bem”, comentou.
No ensino Fundamental
1, do 1º ao 5º ano, o município conseguiu se manter acima da nota
mínima. Ainda assim, porém, tem registrado quedas ao longo dos anos e
passou de 108%, na avaliação de 2007, para 104% na de 2011. Para o
secretário, entre as deficiências do atual governo, está a dificuldade
em manter o professor na rede. “O número de alunos tem aumentado a cada
dia e falta professor”.
Atualmente a rede possui 37 mil alunos e
pouco mais de 2.500 professores. A rede é mista, isto é, composta tanto
por concursados quanto contratados. De acordo com o Tribunal de Contas
de Pernambuco (TCE-PE), o único ano com a não aplicação do mínimo
constatada foi 2008, quando o do percentual atingido foi de 19,85% da
receita municipal.
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