O ex-seminarista Gil Rugai, de 29 anos, foi condenado nesta
sexta-feira a 33 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato do pai, Luis
Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra de Fátima Troitino, em 28 de
março de 2004, na Zona Oeste de São Paulo. O réu, no entanto, poderá
recorrer em liberdade. O mérito de um dos recursos da defesa ainda será
analisado em Brasília. Além disso, Rugai é réu primário e não tem
antecedentes criminais. A acusação por estelionato, uma vez que o
ex-seminarista teria desfalcado a empresa do pai, uma produtora de
vídeo, foi extinta por estar prescrita. Os advogados de Rugai disseram
que apelarão da decisão do júri.
O conselho de sentença se
reuniu, às 16h, após os debates entre acusação e defesa. O promotor
abriu mão da réplica, como estratégia para não desgastar ainda mais os
jurados, reunidos há cinco dias. A sentença, no entanto, só foi lida
pelo juiz Adilson Paukoski Simoni pouco antes das 19h.
Após a
decisão dos jurados - cinco homens e duas mulheres -, o promotor de
Justiça Rogério Leão Zagallo e o assistente de acusação Ubirajara
Mangini comemoraram bastante. Mas lamentaram após a dosagem das penas e a
decisão de que o réu recorrerá em liberdade. Mangini aprovou a
condenação, mas criticou o fato de Gil Rugai não ter sido preso
imediatamente:
"É uma pena razoável do juiz. Estou satisfeito. Só não estou satisfeito com o fato de ele recorrer em liberdade", disse.
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