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Frevo até 7h encerra Carnaval do Recife

Baiano Caetano Veloso se rendeu aos acordes do frevo. Foto: Jorge Luiz/Prefeitura do Recife.
Baiano Caetano Veloso se rendeu aos acordes do frevo.
Os mais resistentes aguentaram até quase 7h30, quando soaram os últimos acordes do Arrastão do Frevo, no Marco Zero. Os 200 músicos percorreram as ruas do Bairro do Recife, sob comando do Maestro Spok. No palco, eles tocaram com os maestros Duda, Ademir Araújo (Formiga), Maria Carmem Lúcia, Fábio, além dos cantores Karynna Spineli, Claudionor e Nonô Germano, China, Marcelo Jeneci, Nena Queiroga, Gustavo Travassos, Lia Sophia, Antúlio Madureira, Josildo Sá, entre outros.

Cansados, embriagados ou saudosos - ou tudo isso junto -, os foliões, mais uma vez, encararam a chegada da Quarta-feira de Cinzas ao som do frevo. A programação da Terça-feira Gorda repetiu Alceu Valença, Elba Ramalho e o Arrastão do Frevo, atrações dos últimos anos, e trouxe ainda o multiinstrumentista Antúlio Madureira e Caetano Veloso com o Trio Preto + 1.

Com um hit atrás do outro, Alceu Valença foi acompanhado em todas as letras. Pulou, dançou, frevou inspiradíssimo (e falando francês) pela fantasia de Danton, líder da Revolução Francesa, recém-comprada na França, especialmente para a Folia de Momo. "Que, no próximo ano, as pessoas venham mais fantasiadas, em vez de usar uma blusinha com propaganda de um produto que não é seu", disparou, ao final. O repertório teve espaço basicamente para frevos (Morena tropicana, Voltei, Recife, Diabo louro, Vampira), à exceção de um pout-pourri de cirandas e Maracatu, de sua autoria.

Caetano Veloso não sabe frevar. Mas isso não o impediu de contemplar o patrimônio imaterial do repertório. Cantou Frevo nº 1 do Recife, de Antônio Maria, o mesmo escolhido pela irmã, Maria Bethânia, na festa de 100 anos do frevo, registrada no CD 100 anos de frevo - É de perder o sapato. Caê abriu o show sem banda, com Luz do sol, e apresentou canções novas, como Abraçaço, e vários sucessos. Sampa, Leãozinho, Queixa, Sozinho e Qualquer coisa estavam no setlist, com os sambas Foram me chamar e Desde que o samba é samba e a marchinha Filha da Chiquita Bacana. O Trio Preto + 1 contribuiu apenas com Batucada quente no setlist, mas conferiu uma pegada mais dançante ao show.

Elba Ramalho abusou da simpatia e dos frevos. Foto: Giovanni Costa/Divulgação.
Elba Ramalho abusou da simpatia e dos frevos.

A simpatia de Elba Ramalho estava proporcional à força de sua voz. O primeiro figurino, um vestido prateado justíssimo, descosturou na lateral, mas isso nem de longe pareceu incomodá-la. Elba pulou sem parar ao som de Leão do Norte, País tropical, Banho de cheiro (primeiro sucesso cantado por ela), Frevo mulher e tantos outros. A segunda roupa foi incrementada por um tiara que a fã Glaucia Arruda, de Santa Cruz do Capibaribe, entregou e a cantora baiana usou até o fim. Elba abriu com Dez mil anos atrás, de Raul Seixas, cantou Praieira, da Nação Zumbi, e ainda convidou ao palco o homenageado Naná Vasconcelos e J. Michiles.

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