A cada 100 famílias abordadas, apenas 45 autorizam a doação de órgãos
de um parente morto, de acordo com a Central de Transplantes de Pernambuco.
Esses dados mostram que muita gente ainda resiste em doar órgãos e, às
vezes, não lembram que há muitas pessoas na fila de espera para ter a
vida salva. Somente no estado, existem 1889 pessoas cadastradas em
listas de espera de transplantes como mostrou reportagem no Bom Dia
Pernambuco desta quarta-feira (20).
De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco,
Noemy Gomes, é importante falar sobre o assunto para tranquilizar as
famílias. "Existe uma grande necessidade de manter o corpo íntegro após a
morte e há um receio de que o corpo fique mutilado após doação", conta a
coordenadora. Ela explica que essa deformação não existe e há muito
respeito na hora de recompor para o velório e enterro.
"Quando existe a retirada da córnea, uma prótese plástica é colocada no
local do globo ocular. Na doação de órgãos, a cirurgia é grande, mas o
falecido fica devidamente fechado e coberto com um curativo e as roupas.
No caso da doação de pele, ela é retirada de áreas que não ficam
expostas", afirma Noemy. Também é possível doar órgãos ainda em vida
como os rins e pulmões, que são duplos; fígado, porque pode se
regenerar; e medula óssea.
A força da alegria
Com três anos de idade, o pequeno Nelsinho precisou de sessões de quimioterapia por mais da metade de sua vida para vencer a Leucemia Linfoblástica Aguda, um tipo de câncer nas células brancas do sangue, responsáveis pela defesa do organismo. Ele e a mãe, Madriara Santos, moram em Caruaru, no Agreste, e viajam 130 quilômetros até o Recife a cada quinze dias para fazer quimioterapia. Agora, o corpo do garoto não responde tão bem aos tratamentos e ele precisa de doação de medula óssea. "Na família, ninguém foi compatível, nem pai nem mãe. Ele não tem irmãos consanguíneos. A chance de continuar a vida pode estar na medula dessa pessoa que for doar para o meu filho", diz Madriara.
Com três anos de idade, o pequeno Nelsinho precisou de sessões de quimioterapia por mais da metade de sua vida para vencer a Leucemia Linfoblástica Aguda, um tipo de câncer nas células brancas do sangue, responsáveis pela defesa do organismo. Ele e a mãe, Madriara Santos, moram em Caruaru, no Agreste, e viajam 130 quilômetros até o Recife a cada quinze dias para fazer quimioterapia. Agora, o corpo do garoto não responde tão bem aos tratamentos e ele precisa de doação de medula óssea. "Na família, ninguém foi compatível, nem pai nem mãe. Ele não tem irmãos consanguíneos. A chance de continuar a vida pode estar na medula dessa pessoa que for doar para o meu filho", diz Madriara.
Nelsinho, no entanto, não deixa de ser alegre e brincar o tempo
inteiro. O estado de espírito ajuda a mãe a ter forças para lutar, com
ele, pela cura. "Ele é uma criança muito positiva. Enfrentou problemas
muito sérios, tratamentos difíceis, dolorosos demais. Houve momentos
críticos e ele superou", diz Madriara. Ela conta que, um dia, ele ficou
muito abalado por uma forte sessão de quimioterapia mas logo, logo abriu
o sorriso novamente. "Assim que ele se recuperou, levantou a mão e
comecou a dançar. Ele me dá muita força", afirma.
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