A Polícia Civil concluiu, nesta quinta-feira (29), um inquérito que
investigava, há pouco mais de quatro meses, denúncias de lavagem de
dinheiro no Hospital Dom Moura, em Garanhuns, no Agreste Pernambucano.
Entre os suspeitos estão quatro funcionários do hospital, além do marido
de uma das servidoras. Os funcionários da unidade de saúde estão sendo
indiciados por peculato, que é o desvio de verba praticado por servidor
público. Além disso, os cinco estão sendo acusados de formação de
quadrilha, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e ameaça.
A investigação diz respeito a um pagamento não realizado no valor de R$
49 mil, em contrato assinado em novembro de 2011 entre o Hospital e uma
empresa de produtos hortifrutigranjeiros. Segundo denúncia realizada
pelo próprio dono da empresa de alimentos à Secretaria Estadual de
Saúde, a quantia em questão nunca chegou a ser paga.
O delegado da cidade de Lajedo, Altemar Mamede, responsável pelo caso
desde julho deste ano, por determinação da Secretaria de Defesa Social,
explica que foi solicitada à unidade de saúde um esclarecimento sobre os
gastos. “O hospital justificou o valor de R$ 10 mil, entregando cópias
de dois cheques, um recibo e uma nota de empenho. Verificamos que os
cheques eram nominais e foram parar na conta de companheiros dos
investigados. O recibo e a nota continham assinaturas falsificadas”,
detalha.
A conclusão do inquérito será relatada e enviada ao Ministério Público
de Pernambuco (MPPE). no início da próxima semana. Sendo aceita pelo
MPPE, o próximo passo da investigação é fazer a denúncia ao Judiciário
através do promotor responsável Guilherme Vieira.
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